Uma vila invernal imaginária, batizada de Gardênia, rodeada por montanhas, que poderiam ser nos Alpes suíços, esse foi o cenário do desfile da Chanel, o último criado por Karl Lagerfeld, que deixou toda a coleção pronta antes de morrer no dia 19/02. Seu braço direito, Virginie Viard é quem assume seu papel na Maison.
A locação, como sempre, foi o Grand Palais, a cenografia era impecável, bucólicos chalés de madeira com chaminés, até neve artificial tinha na passarela, tudo um sonho de Karl. Antes do início do desfile, um minuto de silêncio, sentia-se no ar muita emoção, dos amigos de longa data, das top models que alcançaram o estrelato graças ao Kaiser, da imprensa mundial e de clientes fiéis que aguardavam ansiosos o show.
Cara Delevingne abriu o desfile, visivelmente emocionada, vestindo um look divino em pied-de-coq com quadriculado, chapéu combinando, jabô assimétrico e um ousado decote. A coleção foi considerada pela maioria dos presentes como a mais belas dos últimos tempos, peças bem amplas em vichy, xadrez e outras padronagens, tricôs de vovó (alguns bordados com o nº 5, que era o número da sorte da Coco Chanel e virou o famoso perfume), roupas desejos de esqui bem fofas e colororidas, botinhas de esqui, capas teatrais e finalizando os looks all white, como flocos de neve.
O desfile fechou com a atriz espanhola Penelope Cruz, uma das musas da Chanel, cruzando a passarela de neve com olhos cheios de lágrimas e segurando uma rosa branca em homenagem ao designer.
Au revoir Karl, vai deixar saudades.